quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Minimalismo



O minimalismo está em alta. Existe design minimalista, arquitetura minimalista, estilo de vida minimalista e, claro, fotografia minimalista. O minimalismo começou com uma corrente artística cujo o principal objetivo era utilizar elementos mínimos e básicos. Hoje o minimalismo é visto como aquilo que é simplificado e reduzido ao essencial, simples e clean. É utilizar apenas elementos fundamentais para se expressar, assim como a intenção de descartar tudo o que é desnecessário.
Na fotografia, é comum questionarmos “o que podemos deixar de fora?” quando temos a intenção de criar uma obra minimalista. Sua composição basicamente se resume à contornos e curvas fortes. Não é preciso de muito para poder expressar. “Menos é mais”.
“Solitário num vasto espaço” é dessa forma que Michael Kenna se descreve de acordo com as suas fotografias. Quando observamos suas obras, é comum termos a sensação de que estamos dentro de imagem, sozinhos, vivenciando aquela paisagem a nossa frente. Simplicidade das linhas que produzem formatos gráficos, seu estilo também é marcado pelo alto contraste: as áreas claras são bem claras e as escuras, bem escuras. Grande parte das suas fotografias são produzidas à noite. Utilizando longa exposição, Michael consegue captar as luzes, as nuvens, a neblina. Kenna considera que toda imagem é como uma escultura, quando é em preto e branco, há mais espaço para a imaginação. As técnicas utilizadas por Kenna são as linhas diagonais, regra dos três terços, cortes de edição.
Utiliza o preto e branco nas suas fotos por acreditar que a ausência de cor, ele compara essa utilização do branco em branco nas suas fotos com a poesia japonesa haiku, em que apenas algumas palavras sugerem um mil interpretações e um mundo enorme. É essa a intenção do fotógrafo a abraçar o minimalismo em suas fotografias.